segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O fim do CD?

Estava lendo o Jornal da Unicamp (3 a 9 de setembro de 2007), enquanto aguardava uma consulta, quando li a matéria: "Por que o CD está com os dias contados".
Resolvi fazer um post sobre o assunto e, para não ser tendenciosa, fiz uma pesquisa no Google. Vou relatar um pouco do que encontrei.
Começando pelo jornal, li sobre a estagnação e crise do mercado de música, que após a eufórica troca do vinil pelo CD, observa que o público mudou seu comportamento de consumo. Na opinião do engenheiro eletrônico e especialista em marketing Márcio Tonelli, o CD não atende mais as exigências desta geração e vai ser um mercado de nicho, pois tanto os jovens quanto os adultos não possuem uma relação sentimental com o CD, como acontecia com os discos de vinil. Além da variedade de locais e facilidades de "baixar" uma música, outra comodidade é o arquivamento, pois o espaço físico que demanda um acervo com muitos títulos é muito grande. Por essas razões, Márcio Tonelli diz que o CD se tornará artigo de colecionador.
Para ler a matéria completa:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2007/ju370pag8a.html

Agora vou falar do que encontrei na internet.
Neste site, encontrei comentários sobre a maneira como novas bandas estão fazendo-se conhecer sem precisar recorrer à gravadoras: lançam uma música por semana na internet, fazem propaganda em vários sites e esperam pela reação do público. Sites como o My Space, Napster ou You Tube são o primeiro palco. Foi assim a rápida ascensão da banda inglesa Arctic Monkeys. Eles lançaram suas músicas de graça na rede e, antes do primeiro disco, já eram mundialmente famosos. A dupla Gnarls Barkley chegou ao topo das paradas britânicas sem jamais ter gravado um CD.
Outra informação que encontrei: há 6 anos, as vendas de CD entraram em declínio.
O faturamento caiu em velocidade inversa ao crescimento das vendas de canções avulsas pela Internet. As vendas de música pela Internet já respondem por quase 40% do mercado americano. A Tower Records, que era um ponto turístico em Nova York, foi vendida e as suas 89 filiais vão virar loja de departamentos, sendo que o motivo para a falência foi a competição com o mercado online.
Qual será o futuro do comércio musical? O produtor musical Eric de Fontenay acredita que canções serão vendidas pela Internet, mas também em lojas ou cafés. “Não vendemos mais produtos, vendemos uma experiência musical"
A matéria na íntegra:
http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VTJ0-2742-20061214-257240,00.html

Neste outro site, o autor da matéria começa relembrando que por mais que a indústria fonográfica insista em ameaçar internautas com processos a quem baixa arquivos mp3 pela Internet, o fato é que a tendência é irreversível. Também fala que o acesso rápido e descomplicado a canções de todos os cantos do mundo facilitou a divulgação de bandas de garagem, que já não dependem mais da intermediação de empresários, gravadoras, o que faz crescer a importância da aproximação maior entre artistas e público. Relata que agora você pode ser amigo de seu roqueiro predileto no MySpace ou Orkut, comentar os posts do blog de uma banda, conferir o que seus ídolos ouvem por intermédio do Last.fm ou Pandora.
Essa parte manterei como no original, para explicar o começo do MP3:

"O começo do fim do mundo musical como o conhecíamos ocorre em 1987, quando um laboratório do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, desenvolve um algoritmo para compressão de áudio, o Eureka 147. Prossegue com o surgimento de um grupo de pesquisadores sobre o assunto, o MPEG (Moving Picture Experts Group), e desemboca na criação do MPEG Audio Layer-3, terceira geração de arquivos capazes de comprimir áudios, codificando-os sem que houvesse expressiva perda de qualidade. A música utilizada nos testes que originaram os arquivos MPEG-3 é Tom’s Diner, de Suzanne Vega. Em 1995, os pesquisadores do Instituto Fraunhofer definem o nome pelos quais estes arquivos passam a ser conhecidos em definitivo: MP3. Em 1999, um jovem de apenas 19 anos chamado Shawn Fanning cria um programa que facilita imensamente o compartilhamento de músicas entre internautas do mundo inteiro, o Napster. Desde então, a indústria musical nunca mais seria a mesma."
A matéria completa:
http://www.overmundo.com.br/overblog/o-cd-agoniza-viva-a-musica

Já neste outro site, encontrei um reforço da matéria que li no jornal: algo como o que aconteceu com o vinil, acontecerá ao CD e ele irá virar um produto para colecionadores. Mas seu motivos que o levam a tal conclusão são diferentes. O autor começa sua explicação dizendo as frases: "o CD vai acabar porque virou velho" e "as pessoas estão consumindo música mais pelo meio virtual" são argumentos furados.
E justifica relatando os problemas atuais do CD: a capa (que anda capenga), o preço, (um lançamento que saia por R$ 17,00, hoje o preço médio é o dobro disso), o número exacerbado de reciclagem de sucessos (coletâneas, discos ao vivo, acústicos), a falta de lançamentos, etc.
Ele também diz que muitas lojas especializadas estão fechando porque pode-se comprar discos pela internet de forma mais prática e geralmente mais barata, além de ser possível encontrar inúmeras coisas que dificilmente se encontra em lojas.
E ele conclui que o disco físico está acabando mais pelos erros dos outros do que por seus próprios defeitos.
A matéria na íntegra:
http://www.overmundo.com.br/overblog/o-fim-do-cd

Outro site com matéria interessante é:
http://telhadodevidro.wordpress.com/2007/06/16/o-fim-do-cd-reloaded/
e este eu recomendo uma leitura direto da fonte.

Já em:
http://www.youtube.com/watch?v=HzHC7Haibt8
você verá algo diferente para fazer com seu CD. E o autor afirma que a música foi feita usando apenas CDs e suas caixas.

Para ler sobre as facilidades de um pen drive sobre um CD, passe em:
http://www.temporaldeideias.com.br/?p=128

Conclusão

As novas tecnologias estão cada vez mais rapidamente se sobrepondo umas as outras e, auxiliadas pela internet, a produção de música, texto e imagem ganham um novo contexto de criação, aquisição e distribuição acompanhando essas descobertas.
Talvez algumas ou muitas pessoas se incomodem com isso, mas com certeza milhares se beneficiam a cada dia com as facilidades trazidas.
Voltando à pergunta inicial: o CD chegou ao seu fim?
Acredito que ao fim de seu uso como única e grande fonte de música com alta qualidade de som, sim. Mas como o vinil, sempre haverá quem cultive o seu charme.

Um comentário:

Freak disse...

saiu uma matéria sobre os 25 anos do cd em um jornal aqui de jundiaí. vi o vinil se acabar, verei o cd, o dvd e e oque mais vier, as coisas mudam muito rapidamente.

A tirnha é sobre a adoração que as pessoas tem pela tv, principalmente em acreditar em tudo que que a globo fala.